terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uma nova paisagem

Uma nova paisagem, um novo horizonte, um convite ao salto pelo misterioso desconhecido, podem sempre render sensações curiosas.

O mar se apresenta revolto em sua superfície, cinza no turbilhão das ondas que abraçam a orla, mas se nos lançarmos destemidamente ao outro lado da proteção, se mergulharmos no olho de sua revolta e explorarmos seu âmago, nos depararemos com o azul profundo, o silêncio e a calma que se instalam em suas profundezas.

Não é preciso utilizar-se de lentes capazes de transpor a distância, vencer diferenças e ajustar distorções para se chegar a este ponto onde o céu se dissolve no mar e o mar devora sua estrelas.

Nesse lugar, só se chega flutuando com os olhares, deixando que o vento acaricie cada poro da epiderme, envolvendo-se com o canto e os encantos das sereias, entorpecendo-se com os aromas que se desprendem dos néctares mais raros, e aguçando o paladar para que nada se perca do gosto doce desse delicioso desconhecido.

2 comentários:

  1. Sim, não é preciso ter lentes para apreciar o belo, a poesia, a mágica da natureza que nos entorpece o tempo todo, basta ter olhos de poeta, olhos de gratidão à vida e ao instante que se chama agora... porque é o agora que importa para ser feliz.

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  2. É um exercício e tanto este que os olhos do poeta faz com mais facilidade, certamente!

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