E
saiu setembro... E entrou outubro...
Nessa
sucessão de saídas e entradas, paro para ver o que ficou, o que é a verdade, já
que as incoerências do desconhecido me lançaram num devaneio...
Ah, bem neste
exato momento em que consigo visualizar portas escancaradas, naquela distração
tão deliciosamente desejada! Portas deste castelo que, a princípio, se abriram
tímidas, janelas que ainda teimam em permanecer fechadas, mas que permitem que
se vejam a paisagem despontada no horizonte trazendo a luz refletida do dia,
ainda vestido com a névoa das lembranças dos sonhadores. A sala vasta, cheia
de vazios e vãos a serem preenchidos; as paredes de pedra, agora, sinalizam as
sólidas estruturas e não o frio silencioso trazido pelos ventos do sul.
E
a noite? Ela sempre esteve presente e ainda lembra que é preciso alternar a luz e a escuridão. Ela traz o luar, as nuvens que dançam e formam nuances aqui, bem
longe daquele lugar tão conhecido...
Pairo
no silêncio, imagens refletidas me mostram um filme inédito. Outras imagens se
formam a partir dos quadros, enquadrados na sequência tão perfeita do ‘nonsense’...
Suspense reticente... Memórias dementes... Coerências incoerentes.