domingo, 11 de setembro de 2011

Os nossos Céus

Frequentemente me remeto ao etéreo, pois é ali que encontro espaço para acomodar tudo o que vai no meu pensamento, e, assim, resolver minhas questões de momento.

É incrível como conseguimos nos expandir nas dúvidas e nos implodir com as soluções!
A capacidade criativa do ser humano sempre trabalha a favor da complicação!

Essa confusão mental dá margem a infindáveis interpretações, como as imagens que construímos no céu repleto de nuvens. De acordo com o momento, dos ventos e dos movimentos, podemos ter a convicção de que formamos as mais aterrorizantes formas, ou as mais sublimes, dependendo do nosso estado de ‘espírito’; assim, o céu pode se transformar em inferno, ‘you name it’!

Entre Céus e Infernos vamos vivendo, até que chega um belo dia de céu azul, sem nuvens, que nos impossibilita criar nossas convenientes formas de pensamento e nos apresenta uma tela limpa, plana e infinita, onde não há outra possibilidade senão nos lançarmos à composição de nossa própria Divina Comédia.

E é nesse momento que temos realmente contato com o que somos, e onde realmente estamos. Num lugar/estado intermediário, longe de qualquer imaginário das mentes conturbadas e abaladas por seus próprios purgatórios.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Joker, nossas Divinas Comédias, tão humanas, acabam por se fundirem! rs! Adorei!

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  3. Quando realmente temos contato com o que somos, estamos caminhando para o autoconhecimento -- que é uma prática que se adquire e com ela podemos fazer nossas vidas melhores...O céu ou o inferno está de fato dentro de nós mesmos... Sabendo disso, devíamos cuidar apenas do paraíso, para que o inferno morresse no esquecimento...

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  4. Elaine, na minha opinião, o inferno interno sempre existirá na lembrança, naqueles momentos em que necessitamos nos testar, naqueles momentos em que nos encontramos diante de uma bifurcação e temos que decidir para que lado olhar. Esse autoconhecimento é inevitável e nos deixa mais seguros a cada passo que damos em sua direção, e talvez, desse paraíso tão almejado!

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