terça-feira, 2 de outubro de 2012

E entrou outubro...



E saiu setembro... E entrou outubro...

Nessa sucessão de saídas e entradas, paro para ver o que ficou, o que é a verdade, já que as incoerências do desconhecido me lançaram num devaneio...

Ah, bem neste exato momento em que consigo visualizar portas escancaradas, naquela distração tão deliciosamente desejada! Portas deste castelo que, a princípio, se abriram tímidas, janelas que ainda teimam em permanecer fechadas, mas que permitem que se vejam a paisagem despontada no horizonte trazendo a luz refletida do dia, ainda vestido com a névoa das lembranças dos sonhadores. A sala vasta, cheia de vazios e vãos a serem preenchidos; as paredes de pedra, agora, sinalizam as sólidas estruturas e não o frio silencioso trazido pelos ventos do sul.

E a noite? Ela sempre esteve presente e ainda lembra que é preciso alternar a luz e a escuridão. Ela traz o luar, as nuvens que dançam e formam nuances aqui, bem longe daquele lugar tão conhecido...

Pairo no silêncio, imagens refletidas me mostram um filme inédito. Outras imagens se formam a partir dos quadros, enquadrados na sequência tão perfeita do ‘nonsense’... 

Suspense reticente... Memórias dementes... Coerências incoerentes.